Tombamento do Santuário de Nossa Senhora da Piedade em Para de Minas é anunciado

  • 29/10/2022
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Tombamento do Santuário de Nossa Senhora da Piedade em Para de Minas é anunciado

Ação contribuirá para a preservação do local; reforma da parte externa está em execução

Em meio às celebrações pelos 163 anos de Pará de Minas e pelos 50 anos do Santuário de Nossa Senhora da Piedade, foi anunciado, em setembro, o tombamento da edificação. A iniciativa, do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, busca assegurar a preservação de um dos pontos religiosos e turísticos mais importantes da cidade. O Santuário está também passando por uma reforma para substituir as pastilhas que o revestem.

Segundo a Secretária Municipal de Cultura e Comunicação Institucional, Andréia Xavier Paulino, é de interesse da administração municipal estar “de mãos dadas” com a Paróquia e com o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico. “Precisamos manter vivas a cultura e a história de Pará de Minas. Nós, enquanto poder público, acreditamos ser fundamental preservar o nosso patrimônio”, afirma a Secretária.

O Padre Antônio Carlos Pouza, administrador da Paróquia de Nossa Senhora da Piedade, explica que a reforma é uma das ações que compõem o processo de tombamento do Santuário. “Tudo que fizermos terá como objetivo principal a conservação da originalidade do Santuário. E o tombamento certamente contribui para essa preservação, já que, além da Paróquia, o Conselho também estará atento ao que for feito”, diz.

Um detalhe importante na reforma chama a atenção: as novas pastilhas são exatamente da mesma fábrica das antigas. “É algo providencial, já que a fábrica ainda existe, porém não produz mais esse modelo de pastilha. No entanto, eles concordaram em fazer uma certa quantidade para nós, suficiente para a substituição”, completa o Padre.

A arquiteta Cleysi Mara Pinto de Souza, Presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, ressalta que o Santuário é a primeira edificação modernista tombada em Pará de Minas. As demais são do estilo neoclássico. Ela se diz feliz pelo tombamento, que coincide com o aniversário de 50 anos da nova edificação do Santuário e com o aniversário da cidade. “Já havia um inventário, que é a primeira medida de proteção, desde 2001, ou seja, já existia um interesse antigo em tombar o Santuário. Para mim, é um ícone da cidade, que faz parte da identidade e da memória de todos que moram aqui”, observa Cleysi.

O próximo passo é realizar um levantamento da história da edificação e, em seguida, um levantamento técnico, com plantas, fachadas e uma análise de como ela se encontra atualmente, de acordo com a arquiteta Karina Morato. “Com esses levantamentos, é possível incluir a edificação entre os bens tombados. Mas é necessário que seja feito um laudo todo ano, atestando que ela mantém sua preservação”, afirma.

Karina acrescenta que todo o processo de tombamento é acompanhado pelos órgãos estadual e nacional responsáveis. “O processo passa pelo Iepha (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais) e pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Com a preservação de nossos bens tombados, atingimos uma excelente pontuação junto a esses órgãos. Atualmente, temos 19 bens tombados, e, com o Santuário, serão 20”, finaliza a arquiteta.


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